domingo, 25 de fevereiro de 2018

Melancolia



por Davi Simões

Noite abafada
Madrugada no meu pátrio Ceará
Precisamente no reduto jangadeiro
A uma centena de metros do mar

Contemplo o reflexo nas vidraças
De uma lua virginal, crescente
Sangue e suor
Vidro e concreto
Construíram arranha-céus imponentes

Trabalhadores e estudantes descansam
Das suas vidas vulgares e inúteis
Implodam as colmeias humanas!
O progresso pariu homens fúteis

Tal horário é o limbo
Nenhum homem na rua
Silêncio...
Carne nua
Minh’alma crua

Nenhum comentário:

Postar um comentário